Redação de AND
No Rio de Janeiro, milhares de
pessoas se concentraram na Candelária ocupando grande parte da Avenida
Rio Branco, no Centro. A manifestação seguiu para a Central do Brasil
pela Avenida Presidente Vargas, onde os trabalhadores de diversas
categorias levantaram suas bandeiras, faixas e cartazes com suas
reivindicações e contra a gerência Temer.
Um bloco
vermelho da Frente Revolucionária de Defesa do Povo (FRDDP), que contou
com a participação de militantes do Movimento Estudantil Popular
Revolucionário (MEPR), do Movimento Feminino Popular (MFP) e da Unidade
Vermelha, destacava-se na frente do ato com uma faixa com a palavra de
ordem Eleição não! Revolução sim! A
Liga Operária fez a distribuição de milhares de panfletos conclamando a
Greve Geral por tempo indeterminado e contra a traição e conciliação
das cúpulas das centrais sindicais pelegas.
Quando a
multidão chegou próxima a Central do Brasil, teve início um confronto
entre a Polícia Militar e os manifestantes. Muitos trabalhadores e
jovens combativos com os rostos encapuzados não se intimidaram e
enfrentaram a repressão, respondendo as balas de borracha e bombas de
efeito moral atiradas pela tropa de choque da PM com pedras e muitos
fogos de artifício.
Na manhã
desse mesmo dia, a cidade do Rio já havia registrado várias
manifestações pela Greve Geral. Ainda na madrugada, manifestantes que
bloquearam Linha Vermelha (altura da Ilha do Fundão), a Zona Portuária e
a saída da Ponte Rio-Niterói. A Avenida Brasil também foi bloqueada em
vários pontos, como em Santa Cruz,
Cordovil, Penha e São Cristóvão, além do acesso à Ilha do Governador,
na altura de Ramos. Na Penha e na altura do Fundão, enormes barricadas
de pneus e objetos em chamas foram erguidas. Além disso, manifestantes
bloquearam o acesso às barcas Rio-Niterói e a Avenida Venezuela, na
Praça Mauá, Centro.
Já na Região Metropolitana, ocorreram bloqueios na
Rodovia Washington Luís (altura da Reduc), na Via Dutra (altura de São
João de Meriti) e na Niterói-Manilha (BR-101, na altura da Av. do
Contorno).
No Rio de Janeiro, como em boa parte do
país, as mobilizações da Greve Geral do dia 30/06 foram marcadas pela
combatividade, apesar das centrais sindicais pelegas tentarem sabotar a
mobilização nacional.
Como afirmamos no editorial da edição 190 de AND,
as massas estão fartas de traições e as revoltas populares se levantam
por todo o país: ” … é bem provável que, caso a pelegada das centrais
não sabotem [a Greve Geral], para o terror da reação e dos oportunistas
que tentam cavalgar o descontentamento popular, as massas deixarão ainda
mais claro os limites de sua paciência.”
Fotos: Ellan Lustosa/AND
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