Paulino Guajajara. Foto: Sarah Shekner/Survival International
No último dia 2 de novembro, em artigo intitulado Indígenas Guardiões da Floresta foram emboscados na selva maranhense, a página da Rádio Mutirão,
no texto assinado por Vito Ribeiro, denunciou que, no dia 01/11,
"começaram a chegar áudios e notícias no celular de que indígenas –
enquanto caçavam na mata – haviam sofrido uma emboscada de madeireiros
ilegais".
Este ataque resultou na morte do indígena Paulo Paulino Guajajara e no ferimento de Laércio Guajajara no
interior da Terra Indígena Araribóia, localizada no município de Bom
Jesus das Selvas,
Maranhão, entre as aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo.
Maranhão, entre as aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo.
A Rádio Mutirão aponta ainda que,
na entrevista concedida por Laércio Guajajara à agência Pública, foi
confirmada a versão de que os indígenas estavam sozinhos na mata caçando
e foram surpreendidos e emboscados pelos madeireiros. Ainda segundo
informações obtidas pelo veículo, não há confirmação de que um dos
não-indígenas foi baleado e nem de que seu corpo está desaparecido como
foi divulgado no dia anterior. "A avaliação inicial da Polícia Militar
de Amarante do Maranhão é de que houve uma emboscada, sem indício de
confronto", diz a Rádio.
Vito Ribeiro, no mesmo artigo, diz que
Paulino e Laércio integram o grupo indígena Guardiões da Floresta. "Este
grupo, cansado do abandono do estado e dos órgãos de proteção indígena,
começou em 2012 a realizar incursões de monitoramento na mata para
proteger seu território da exploração ilegal e defender seus modos e
costumes de vida", informa.
"Atualmente diversas Terras Indígenas da
Amazônia contam com grupos de guardiões e guardiães da floresta que
monitoram seus territórios e comumente expulsam madeireiros e demais
empreendimentos ilegais de suas terras", diz Vito.
Guardiões Guajajaras monitoram a chegada de caminhões pelas estradas. Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
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