martedì 27 marzo 2018

pc 27 marzo - Brasile il vile assassinio di Marielle nel commento dei compagni brasiliani

Editorial - A covarde execução de Marielle


O atentado covarde que assassinou com 4 tiros na cabeça Marielle Franco, vereadora pelo Psol na cidade do Rio, na noite do passado 14 de março, chocou e comoveu milhões de pessoas no Brasil e no exterior. Retumbando indignação, levantou o clamor por justiça tantas vezes entalado no peito de milhares de mães diante do extermínio cruel de seus filhos e filhas, e que por sua condição de humildes trabalhadoras, sua dor e voz não tem eco senão entre seus vizinhos de infortúnio, nas cidades e nos campos do Brasil.
As declarações de solidariedade aos familiares de Marielle se avolumaram, entre muitas demagógicas, quando não descaradas e cínicas, tais como as de autoridades do velho Estado, políticos de várias siglas e, em particular, da canalha que monopoliza os meios de comunicação, especialmente a Rede Globo, com seu labor refinado em torcer os fatos, mentir e ventilar gases venenosos para entorpecer mentes.

Por sua vez, os gigantescos protestos que não querem calar, cobram respostas muito mais além das choramingas de “atentado à democracia” de tíbios reformistas e das “furiosas” promessas dos oportunistas eleitoreiros de fazer “vingança” nas urnas. As massas mobilizadas, principalmente da juventude, recorreram aos protestos na expectativa de não apenas punir os criminosos, executores e mandantes, mas elevar os protestos ao nível e às formas da luta revolucionária, a fim de derrocar todo este sistema de exploração e opressão, sustentado e mantido por este velho e genocida Estado de grandes burgueses e latifundiários, serviçais do imperialismo, principalmente ianque.
Pelo contexto e evidências, a execução de Marielle foi uma demonstração de descontentamento pelos interesses contrariados de grupos de poder bem estruturados nos órgãos de segurança pública, principalmente cúpulas da polícia militar, frente à ameaça que representou a intervenção militar a seu monopólio da violência e do abuso de autoridade, que ademais de rendosos negócios é parte considerável do Poder político. Jogar um cadáver na mesa do general interventor, além de demonstração de força, foi um recado fascista aos lutadores do povo. E, para demonstrá-lo com grande repercussão, ceifaram a vida de uma mulher negra, defensora dos “direitos humanos” e militante da esquerda legal como membra do parlamento.
O assassinato torpe e os massivos protestos de repúdio a ele assinalam que não só a crise política que sacode o país desde 2015 se aprofundou como crise de segurança pública e militar, mas também e principalmente, que a situação revolucionária que despontou  em 2013, com as massivas explosões da juventude em todo o país, está passando a um novo momento, prenunciando novas e maiores ondas do protesto popular.
Pelo lado da reação significa que os seus ataques à luta popular se desenvolveram. Os constantes ataques contra a luta pela terra (com massacres e o assassinato de ativistas e dirigentes, no campo), a prática sistemática das chacinas de pobres na cidade e as perseguições políticas e condenações draconianas de ativistas e lideranças dos protestos de junho/julho de 2013 e 2014, passaram a desenvolver-se com a eliminação de militantes políticos e de lutadores populares.
Pelo lado do povo representa a passagem da convicção crescente das massas no rechaço à farsa eleitoral e ações de rebelião, nas expectativas e esperanças no caminho cada vez mais belicoso, aos quais se somarão muitos outros, até então crentes nas promessas de mudanças de um país melhor para o povo pela via pacífica e eleitoral, desiludidos que se acham pelo crime brutal contra quem acreditava e atuava por mudanças por dentro do sistema.
Da parte da intervenção militar, há de questionar: o silêncio e desfaçatez de declarações lacônicas de membros do Alto Comando militar e do interventor sobre a execução de Marielle contrasta ou coaduna com a prédica especializada do general Heleno, de eliminar todo e qualquer suspeito de hostilidade? E mais: como julgar, neste contexto, a exigência do Comandante geral do exército por “segurança jurídica” para as ações de suas tropas? É ou não um eufemismo para impunidade de autores de violações e crimes que serão cometidos? E o que dizer das bravatas de saneamento nas forças policiais, quando a intervenção militar, depois de 30 dias, sequer tocou na situação do 41º Batalhão da PM, conhecido por espalhar o terror e a extorsão às populações do Chapadão, Acari, Rocha Miranda e outras áreas contíguas (fatos sabidos e por demais conhecidos da corregedoria da polícia). E o que dizer do silêncio sobre a denúncia feita pelo coletivo “Fala Akari” e repercutido por Marielle, quatro dias antes de sua execução, sobre o assassinato de dois jovens que tiveram seus corpos jogados num valão? E, por fim, o que falar do fato de as Forças Armadas darem cobertura às truculências praticadas pela Prefeitura do Rio na Vila Kennedy?
Esta guerra civil reacionária contra o povo e a quem lhe apoia, seja na cidade como no campo, não é obra do acaso. É a crua realidade da decomposição avançada de uma máquina burocrática-administrativa-policial genocida e decrépita. Como reflexo da crise geral do seu enfermiço capitalismo burocrático, a crise política e moral, agravada pela crise da segurança pública, já ingressou no terreno de uma crise de dominação do velho Estado. Ela é expressa na luta sem quartel entre as frações das classes dominantes locais e seus respectivos grupos de poder pelo controle da máquina do velho Estado, em todas suas esferas.
Nessa luta desesperada, as forças políticas e partidárias do corrupto e falido sistema político só numa questão se unificam: apoiar o incremento da repressão ao povo pobre, seja através dos grupos de extermínio organizados pelas máfias do aparelho policial-militar, seja através da forma mais declarada: a intervenção militar. Todas essas formas são voltadas a conter a revolta popular crescente e prevenir-se de um levantamento revolucionário, sob o pretexto de combater o “crime organizado”. Dão esse pretexto como se a delinquência que se exacerba exponencialmente na sociedade – filha da miséria e desigualdade imperantes e putrefação geral do Estado – fosse o principal e maior problema do país - o que de fato não é. Está muito longe de sê-lo, pois não passa de mero sintoma da natureza do vigente sistema de exploração e opressão do povo e de subjugação da Nação.
Mesmo porque, em matéria de crime organizado, as agremiações políticas oficiais do país, como estarrece a Nação a cúpula do partido do presidente da república, são insuperáveis em seu roubo e pilhagem dos cofres públicos, ao ponto do próprio sistema ter que mover uma Operação “Lava Jato”, na tentativa de, salvando as aparências, buscar recuperar um mínimo de legitimidade e credibilidade das instituições de seu “Estado Democrático de Direito”. Operação esta que, diga-se de passagem, fracassou frente à resistência do mundo político oficial em ter suas cúpulas derrocadas.
Daí que a intervenção militar, por uma razão maior do que a crise de segurança pública no Rio – como já temos afirmado aqui – cumpre planificação de longo curso em função da gravidade da crise de dominação que se instalou no país. Ela é a marcha pela imposição da centralização de um poder que ameaça fragmentar-se e se lança como balão de ensaio para criar opinião pública favorável à intervenção militar ampliada, no objetivo de futuro golpe de Estado contrarrevolucionário.
Regime de monopólios e dominação imperialista secular que condena a produção nacional a seu mero complemento; concentração da propriedade da terra e miséria ao campesinato, salários de fome e crises constantes com desemprego massivo, retirada de direitos dos trabalhadores,  submissão cultural, científica e tecnológica. Enfim, injustiças, abusos, repressão e genocídio continuados sobre o povo e privilégios indecentes e sem fim para uma ínfima minoria de ricaços. Estes são os problemas cruciais de nosso povo e de nosso país, são a manifestação da situação histórica em que a revolução democrática tem sido aplastada a ferro, fogo e sangue. Nunca realizada, estagnada e pendente.
A solução desta contradição só poderá ser resolvida pela violência revolucionária das massas aplicada contra seus opressores e exploradores. A sua crescente rejeição à farsa eleitoral já se torna algo além de uma mera demonstração do que elas não aceitam mais. O velho Estado e seu putrefato sistema político, em sua sanha por manter intacta sua velha ordem, só podem oferecer às massas mais repressão, controle social opressivo e enganações.
Para remover as três montanhas de exploração e opressão sobre o povo e a Nação – a semifeudalidade, o capitalismo burocrático e o imperialismo – se faz necessária maior determinação das massas sob a direção firme do partido de vanguarda do proletariado e assentado na aliança operário-camponesa, para demolir estas montanhas, o que cobrará tempo relativamente longo e o inseparável e implacável combate à sua força auxiliar no seio do movimento popular, o montão colossal de lixo do oportunismo eleitoreiro, para estabelecer a Nova Democracia sobre a base de uma Nova Economia e uma Nova Cultura._gCLcBGAs/s640/capaM.jpg

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