Camponeses do Acampamento Tiago dos Santos, localizado na região de Porto Velho, em Rondônia, denunciam o covarde cerco imposto pela Polícia Militar (PM) nesse momento. Os trabalhadores, que são organizados pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) de Rondônia e Amazônia Ocidental, estão sendo impedidos de entrar e sair do acampamento pela PM, assim como é impedida a entrada de mantimentos.
Em um vídeo divulgado pelos próprios camponeses, mulheres, mães e crianças do acampamento denunciam o cerco feito pela PM, reivindicam leite e alimentação e afirmam que desde o dia 5 de outubro já falta leite para as crianças.
De acordo com denúncia recebida pela redação de AND, os camponeses afirmam: “Estamos todos muito preocupados aqui com as violações de direitos que podem acontecer, assassinatos, torturas, humilhações e retaliações aos camponeses inocentes”.
O fato ocorre desde que mentiras foram propagadas pelo monopólio de imprensa
atribuindo o assassinato de um policial ao acampamento, acusação sem indício algum que justificasse. A morte do tenente da reserva, ocorrida na tarde do dia 3 de outubro, há dezenas de quilômetros de distância do acampamento, desencadeou toda sanha da sanguinária da PM de Rondônia, que passou a atacar os camponeses do Acampamento Tiago dos Santos e da área Dois Amigos, na região do distrito de União Bandeirantes, em Porto Velho. Logo após o ocorrido, através de uma rede social, o fascista Jair Bolsonaro fez uma incitação contra a LCP, publicando um vídeo dos camponeses em uma outra área, no qual policiais são expulsos do acampamento após tentarem intimidar as famílias, sem mandado judicial. Na ocasião, o capitão golpista publicou: "Eu tenho a minha opinião, qual é a sua?".Leia mais: Assassinato de oficial da reserva da PM é a sanha para justificar ataques aos camponeses
Em nota emitida pela LCP, o movimento afirma que a morte do policial é fruto do acerto de contas entre bandas de policiais militares, pistoleiros e grupos de grileiros, e nada tem a ver com os camponeses pobres.
Afirmam também que no Acampamento Tiago dos Santos há mais de 600 famílias, 2 mil homens, mulheres e crianças que lutam por uma área pública, de mais de 57 mil hectares, criminosa e ilegalmente grilada, roubada e usada pelo latifundiário Antônio Martins dos Santos, conhecido como "Galo Velho".
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O movimento conclama que todas as vozes dos democratas e honestos, por esse Brasil afora, se levantem imediatamente e afirma ainda: “Todo esse discurso é para esconder alguma coisa muito grave e justificar um massacre! Viva a luta pela terra! Terra para quem nela vive e trabalha!”.
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