giovedì 11 maggio 2017

pc 11 maggio - Brasile lo sciopero generale - greve geral! - del 28 aprile - corrispondenza dal giornale maoista A nova democracia

Estimados companheiros,

Seguem notícias sobre as manifestações do dia 28 de abril no Brasil. A Imprensa Popular e Democrática esteve presente no campo e na cidade cobrindo as manifestações.

Saudações de Nova Democracia!



Greve Geral : Campo e cidade se levantam em lutas!
No dia 28 de abril importantes mobilizações, paralisações e protestos combativos se levantaram em todo o país agitando a consigna da Greve Geral contra as “reformas” de Temer e sua quadrilha. Barricadas em chamas, cortes de rodovias e manifestações massivas no campo e na cidade deram o tom da Greve Geral que mobilizou centenas de milhares de operários, camponeses, professores, servidores e estudantes contra os ataques à Previdência e à CLT, contra as terceirizações e em defesa de direitos históricos criminosamente atacados pelo gerenciamento Temer. Em diversas regiões, a reportagem de AND e os comitês de apoio acompanharam as mobilizações.

Camponeses aderem à Greve Geral
No Norte de Minas Gerais, camponeses, com o apoio de operários e trabalhadores de várias categorias, bloquearam as rodovias BR-365, 251, 135, MG-122 e 451 e com pneus, paus, fogo demonstraram muita disposição para lutar contra as “reformas” da Previdência e Trabalhista, contra o governo vende-pátria e antipovo de Temer/PMDB/PSDB, sua quadrilha e sua política entreguista e de subjugação nacional. O fogo ardeu nas rodovias de sete cidades: Montes Claros, Bocaiuva, Olhos d’água, Pirapora, Mirabela, Porteirinha e Salinas.

A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas e Sul da Bahia, junta a vários sindicatos de trabalhadores rurais, levantou mais uma vez suas bandeiras vermelhas e a consigna de ‘Morte ao Latifúndio!’ e ‘Viva a Revolução Agrária!’, distribuindo milhares de panfletos e defendendo que a saída para a crise é a Greve Geral e tomar todas as terras do latifúndio.

Na BR-251, importante rodovia de integração regional que dá acesso a BR-116 (Rio-Bahia), os camponeses de Manga, Pedras de Maria da Cruz e Varzelândia realizaram o bloqueio com um grupo de educadores e sindicalistas de Francisco Sá e Montes Claros.
Quando os ativistas espalharam os pneus na rodovia, a polícia rodoviária apareceu e, por pouco, não teve o carro incendiado, pois os camponeses não vacilaram na hora de atear o fogo, mesmo com a viatura em cima dos pneus. Durante o bloqueio, a juventude camponesa deixou pintado nas muretas da ponte as consignas de ‘Cleomar vive! Morte ao Latifúndio!’ e ‘Viva a Revolução Agrária!’.




Policiais militares ameaçaram os camponeses, que bloqueavam a via, apontando pistolas contra os manifestantes, o que não impediu o protesto. Decididas, as massas sustentaram o bloqueio. Durante a manifestação foi promovida uma vigorosa panfletagem em meio aos carros que se concentravam. Muitos motoristas manifestaram apoio ao protesto.

No carro de som, as lideranças se revezaram na argumentação em defesa da Greve Geral, das tomadas de terras e repudiaram os ataques contras os camponeses e a luta pela terra, como em Colniza, no Mato Grosso, e tantos outros em Rondônia e por todo o país.
Já na manifestação da cidade de Montes Claros, oportunistas (“Frente Popular Brasil” e outros) tentaram fazer o seu carnaval com fanfarra, apitos e narizes de palhaço, mas um bloco combativo se destacava em meio aos 5 mil manifestantes, chamando atenção de todos por sua organização, firmeza e combatividade. Eram os camponeses pobres que, em colunas, gritavam suas palavras de ordem contra a farsa eleitoral e pela Revolução Agrária. Esse grupo compacto marchou pelas ruas de Montes Claros com altivez e foi ouvido pela população e demais manifestantes. Milhares de panfletos foram distribuídos, assim como várias edições do jornal A Nova Democracia.

Muitas pessoas queriam tirar fotos ao lado da faixa da Revolução Agrária e algumas aderiram às colunas. Os trabalhadores dos Correios, que decretaram greve, uniram-se aos camponeses na manifestação pela Greve Geral.  


No estado de Rondônia, a LCP também agitou o 28 de abril. Numa rodovia federal entre os municípios de Jaru e Ariquemes houve queima de pneus com corte parcial das vias. Além disso, foi feita uma vibrante panfletagem em apoio aos camponeses das áreas Canaã, Raio do Sol e Renato Nathan 2 no protesto em Ariquemes, que correm o risco de serem despejados. Numa rodovia federal entre Ouro Preto do Oeste e Ji-Paraná, pichações foram feitas também em apoio aos camponeses dessas áreas. Em Colorado do Oeste houve distribuição de cerca de 400 exemplares do jornal A Nova Democracia na manifestação, que contou com 200 pessoas, com concentração em frente à sede da Receita Federal.


Segundo a página do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no interior do Maranhão ocorreram mobilizações em pelo menos 53 municípios e os camponeses bloquearam todos os acessos à capital São Luís e ao Porto de Itaqui. Em Pernambuco foram 34 bloqueios de estradas. Houveram cortes de estradas, rodovias e paralisações também nos interiores de São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Paraná, Piauí, Pará, Goiás, Bahia, Tocantins, Alagoas, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Santa Catarina.

Greve Geral e manifestações nas cidades

​No
Rio de Janeiro, o dia amanheceu com vários cortes de vias nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e em diversos pontos da capital, como na Zona Portuária, Ponte Rio-Niterói, no acesso ao aeroporto Santos Dumont e outras regiões. Em Niterói, houve confronto entre grevistas e a polícia enquanto trabalhadores bloqueavam a entrada das barcas.
Na parte da tarde, milhares de trabalhadores grevistas e estudantes se concentraram em frente à Assembleia Legislativa, no Centro da capital, de onde partiram em direção à Cinelândia com inúmeras faixas, cartazes, bandeiras e palavras de ordem. Um bloco vermelho e combativo composto por dezenas de militantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), da Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR), do Movimento Feminino Popular (MFP), do Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (Moclate) e da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP) levantou uma enorme faixa com as inscrições: Abaixo Temer e suas reformas antipovo! Viva a Revolução de Nova Democracia!
Ainda na concentração, a Polícia Militar atacou os manifestantes com muitas bombas de efeito moral e balas de borracha. A partir daí, teve início um grande confronto pelas ruas e, em resposta à violência policial, a Juventude Combatente atacou agências bancárias e grandes lojas localizadas na Avenida Rio Branco. As ruas da região central do Rio viraram uma praça de guerra. O confronto durou horas e, no início da noite, os PMs lançaram bombas na Cinelândia cancelando um comício que seria realizado. A rebelião popular terminou com pelo menos oito ônibus e um carro do metrô incendiados.

No município de Teresópolis, na Região Serrana do estado, o Comitê de Apoio ao AND acompanhou as mobilizações do Comitê Municipal de Lutas Contra as “Reformas”. Todas as agências bancárias foram paralisadas e apenas 10% da frota de ônibus circulou. As manifestações criticaram também o gerenciamento municipal de Mario Tricano/PP.
SP: Revolta popular ataca casa de Temer
Durante as grandes mobilizações nacionais da Greve Geral, 70 mil pessoas lotaram o Largo da Batata contras as reacionárias “reformas” da Previdência e Trabalhista levadas a cabo pelo gerenciamento federal. No acesso à residência oficial de Temer, manifestantes não recuaram diante do enorme aparato policial e tentaram seguir com a marcha. Policiais atacaram o protesto com bombas e tiros de bala de borracha.
Cansado de arrocho e opressão, o povo não arredou pé das ruas e enfrentou as tropas de repressão do velho Estado com pedras, paus, fogos de artifício e barricadas, que foram erguidas por todo o Centro. Os maiores bancos do Brasil, que só ano de 2016 lucraram 10 bilhões com a agonia do povo brasileiro, tiveram suas fachadas devastadas pela fúria das massas no rastro da repressão policial.
Os ativistas do MTST, Juracy, Luciano e Ricardo foram presos por participarem da greve de 28 de Abril. Em 2 de maio, eles foram encaminhados do 63º DP para o Centro de Detenção Provisória Vila Independência, na Vila Prudente. Os três, presos por motivos claramente políticos, são acusados de incitação ao crime, incêndio e explosão.
MG: Bloco combativo em Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, o ato da Greve Geral, que aconteceu sob forte chuva, reuniu milhares de trabalhadores no Centro. Desde a madrugada, os trabalhadores demonstraram muita disposição e, por volta das 8 horas da manhã, partiram rumo à concentração do ato. Por volta das 11 horas, todos se concentraram na Praça Sete e realizaram atos em diversos pontos da região, que contaram com vários carros de som e blocos de operários, camponeses, indígenas, professores, estudantes e intelectuais honestos.

O bloco classista e combativo formado pela Liga Operária e outros movimentos populares agitou a multidão com uma dupla de operários da construção civil que entoaram palavras de ordens contra a gerência Temer e suas contrarreformas reacionárias, contra a farsa eleitoral e em defesa da luta combativa e independente. Minas Gerais teve mais de 60 atos no dia da Greve Geral.
Na REGAP (Refinaria Gabriel Passos), no município de Betim, um ônibus particular da montadora Fiat, que tentava coagir seus funcionários a trabalhar, foi incendiado e colocado como barricada na Rodovia Fernão Dias, e outro ônibus foi incendiado no bairro São Caetano.
PR: Bloco vermelho na Greve Geral

Militantes e ativistas da UV-LJR e outras organizações revolucionárias participaram, em Curitiba (PR), da manifestação contras as “reformas” antipovo e vende-pátria de Temer e pela Greve Geral. Com faixas da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP) defendendo a Revolução Agrária e em ‘Defesa da Vida e Saúde do Presidente Gonzalo’ (campanha internacional em curso), eles percorreram as principais ruas do Centro da cidade. Durante todo trajeto foram acompanhados pela Polícia Militar e também por bate-paus da CUT/PT e sindicatos pelegos, que, fazendo coro com a reação, chegaram a usar o carro de som para pedir que os manifestantes combativos retirassem a cobertura do rosto.
A Greve Geral paralisou o transporte coletivo da capital e toda região metropolitana, escolas, universidades, bancos e todos os serviços públicos.

Operários das montadoras Renault, Volvo e da Petrobras atearam fogo em pneus e fecharam rodovias por horas em São José dos Pinhais, Araucária e na Cidade Industrial (em Curitiba). Também as atividades do porto de Paranaguá, um dos principais da América Latina, foram paralisadas. Em todo o interior ocorreram paralisações de estudantes, professores e demais funcionários públicos, principalmente em Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá.
GO: Juventude vai às ruas
Em Goiânia, mais de 30 mil manifestantes concentraram-se na região central da cidade no 28 de abril. O ato teve início de manhã em frente a Secretaria Municipal de Educação (SME) com uma assembleia deliberativa que discutiria a greve da rede pública municipal de educação.
Após a assembleia, os mesmos marcharam para o Centro da cidade até a Praça do Bandeirante, onde se encontraram com bancários, motoristas de ônibus, profissionais da saúde, servidores públicos, estudantes, camponeses e outros que participavam da Greve Geral. O ato das centrais sindicais começou na Assembleia Legislativa e, logo em seguida, no fim da manhã, seguiu para a Praça do Bandeirante.
O bloco das centrais sindicais pelegas foi marcado por carros de som usados como palanque por políticos. Em paralelo, o bloco classista e combativo formado por professores, estudantes e movimentos populares independentes entoou suas palavras de ordem.
Durante a marcha, a PM atacou brutalmente a manifestação com cassetetes, balas de borracha e gás lacrimogêneo. O estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiânia (UFG), Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, foi agredido brutalmente pelo capitão da PM Augusto Sampaio com uma paulada na testa. O impacto foi tão forte que o cassetete chegou a partir ao meio e o rapaz ficou com traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas. Até o fechamento desta matéria, em 5 de maio, Mateus, embora tivesse acordado do coma, permanecia internado em estado grave na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO).
Confira os vídeos produzidos pelo AND:

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