sabato 8 maggio 2021

pc 8 maggio - i compagni brasiliani denunciano il 'terrorismo di Stato' nel massacro nella FAVELA DO JACAREZINHO

 

POLICIA CIVIL REALIZA OPERAÇÃO DE GUERRA NO RIO DE JANEIRO: CHACINA NA FAVELA DO JACAREZINHO É TERRORISMO DE ESTADO!



 A operação da polícia civil ocorrida no dia 06 de maio na favela do Jacarezinho foi uma verdadeira chacina. Oficialmente deixou 25 pessoas mortas (moradores denunciam que o número é maior), inúmeros feridos e até passageiros que estavam em vagão do metrô que passava nas proximidades foram atingidos por projeteis de arma de fogo e estilhaços. Denúncias de moradores e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro relatam violações de direitos, invasões de residência, extrema violência armada, evidências de práticas de execução extrajudicial e o desfazimento de cenas de crime por parte dos agentes policiais para impedir o trabalho da perícia. Foi a chacina mais letal da história do Rio até hoje.

Há que se ressaltar que a operação no Jacarezinho foi coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Agora podemos crer que as crianças da favela do Jacarezinho estão com seus direitos assegurados e com certeza não correrão mais o risco de no curso de sua vida ingressarem para trabalhar no tráfico varejista de drogas? Não há limites para o cinismo, o sadismo, e o sentimento anti-povo destes senhores, que após cometerem a barbárie vão as câmeras com as justificativas mais vis.

Representantes da polícia civil falam em “ativismo judicial”, em frontal escárnio à decisão do STF que restringe operações policiais nas favelas a casos excepcionais. A continuidade dessas operações que só resultam em mortes e o desafio ao órgão supremo do Judiciário no país apenas evidencia a decadência do Estado Democrático de Direito que não é capaz de assegurar o mínimo de direitos e garantias civis à população pobre, que historicamente vive as consequências das desigualdades, ausência dos direitos básicos para uma vida digna e a barbárie cotidiana da violência policial.

A chacina do Jacarezinho é mais um nefasto episódio onde o Estado dilacera as vidas do povo pobre e negro das favelas e periferias e seu sangue lava as ruas, becos e vielas. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), 453 pessoas foram mortas pela polícia do Rio apenas entre janeiro e março deste ano, em média são mais de 5 mortos pela polícia por dia no Rio de Janeiro, segundo dados oficiais. A quantidade de mortos e episódios recorrentes de chacinas nas décadas recentes, para citarmos os casos mais conhecidos, chacina de Acari (1990); da Candelária (1993); de Vigário Geral (1993); da Nova Brasília (1994 e 1995); do Borel (2003); Favela da Coreia (2003); do Caju (2004); da Baixada (2005); chacina do Pan no Complexo do Alemão (2007); do Falet/Prazeres (2019); do Alemão (2020); da Vila Ibirapitanga (2020) e tantas outras pouco noticiadas pelo monopólio de imprensa, mostram o verdadeiro caráter da política de guerra contra o povo pobre do Estado brasileiro. Assassinar pobres não é exceção, é a regra, e periodicamente os algozes do povo decidem deixar esse lastro de sangue e terror em alguma favela para mostrar sua verdadeira face.

A política contra insurgente do Estado brasileiro segue a sua lógica de mando sobre a vida e a morte da população pobre e negra das favelas, de tempos em tempos revela sua face genocida e o caráter fascista de suas ações. É de conhecimento público e notório a alta letalidade policial e a ineficácia de décadas de ações policiais midiáticas e espetaculares, sempre recheadas de requintes de crueldade e covardia.

            Nos solidarizamos com os moradores da favela do Jacarezinho que mesmo sob o terror imposto pelas forças policiais lançaram-se as ruas da favela para protestar contra a covardia que estavam submetidos. Apoiamos todas as iniciativas que surjam para denunciar mais esse crime cometido contra a população das favelas do Rio de Janeiro e defendemos que o povo tenha o direito de se organizar e criar suas formas de luta para garantir seus direitos, entre eles o mais elementar que é o direito à vida. Convocamos todas as entidades democráticas e progressistas a se manifestarem contra este crime de estado e a exigirem punição aos mandantes e executores desta barbárie cometida contra o povo trabalhador.

 

Abaixo o Terrorismo de Estado!

   

Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - CEBRASPO


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