Noi contadini delle zone Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira, situati nel distretto di Nova Mutum a Porto Velho-RO, ci rivolgiamo alla società per denunciare l'assedio criminale e illegale che la Forza Nazionale di Bolsonaro e la Polizia Militare di Marcos Rocha stanno preparando per i prossimi giorni contro le oltre 600 famiglie che possiedono i loro appezzamenti su queste terre.

Nell'ultima settimana si sono intensificati i preparativi del governo di Rondônia, insieme al personale della Forza Nazionale e della Polizia Federale, proveniente dal Ministero della Giustizia e della Pubblica Sicurezza di Bolsonaro e del suo governo di generali, per cercare di effettuare un

altro sfratto contro di noi, famiglie che hanno combattuto e conquistato i loro pezzi di terra per lavorare e vivere con dignità.

In queste terre detenute illegalmente dall'Unione dei latifondisti Antônio Martins dos Santos (Galo Velho) e la famiglia Leite, dove prima non c'era nulla, oggi c'è la produzione di cibo come manioca, banana, fagioli, mais, zucca, ecc., oltre a centinaia di case. Qui ci sono uomini, donne, anziani e più di 400 bambini e adolescenti che cercano, insieme alle loro famiglie, di costruirsi una nuova vita, in fuga dalla crisi, dall'aumento del costo della vita e dalla disoccupazione nelle città per produrre il proprio cibo e garantire i propri mezzi di sussistenza.

Tutte sta a indicare che questi poliziotti, agendo come uomini armati al soldo dei latifondisti di Rondônia, agiranno esattamente come un anno fa, quando la polizia militare di Marcos Rocha, comandata dal colonnello Alexandre Almeida, andando contro la legge, ha perpetrato ogni tipo di illegalità e abusi contro di noi del Campo Tiago Campin dos Santos (ex fattoria Norbrasil e Arcobaleno), praticando tutti i tipi di crimini contro i contadini, come torture e arresti, oltre all'assedio e al divieto di far entrare cibo e latte nel campo. Dopo averci sgomberato, sono comparsi con un ordine del tribunale per cercare di giustificare la loro arbitrarietà che è durata più di cinque giorni.

Allo stesso modo, iniziano a praticare un'altra vigliaccheria contro i lavoratori che stanno qui, come il massacro avvenuto il 13 agosto 2021, nella zona Ademar Ferreira (ex fattoria Santa Carmem e Boi Sossego) quando il colonnello Alexandre Almeida comandava l'operazione effettuata dal suo gruppo di assassini del BOPE, per giustiziare sommariamente e vigliaccamente i contadini Amarildo, Amaral e Kevin, tutti colpiti alla schiena mentre erano disarmati, i primi due, padre e figlio, mentre stavano lavorando alla mietitura nei loro lotti e il secondo colpito da dietro mentre guidava la sua moto. Naturalmente, dopo l'incidente hanno lasciato armi per cercare di simulare uno "scontro". Hanno sparato a dozzine di altri contadini che, per fortuna, non sono stati uccisi. Nei giorni successivi hanno continuato a inseguirci, sparandoci addosso, bruciando baracche e gettando gasolio nei pozzi d'acqua in un’azione portata avanti dagli uomini armati e dalla polizia che circonda la zona.

È un altro episodio vigliacco come questo che lo Stato brasiliano vuole praticare contro le famiglie che stanno qui. A ottobre, gli abusi della Forza Nazionale e del Primo Ministro si sono intensificati, aumentando i casi di minacce, pestaggi e torture dei contadini che circolavano sulle strade della regione. Camminano insieme a gruppi di paramilitari che agiscono come uomini armati delle aziende agricole Norbrasil e Santa Carmem, soggiornando permanentemente nelle case di questi latifondisti e agendo come servi guardiani durante il giorno e la notte. Tutto per difendere gli interessi dei latifondisti dell’Unione.

Chiediamo a tutti i veri democratici, intellettuali, commercianti e lavoratori in generale di difendere i diritti del popolo brasiliano, in modo che denuncino di più questo crimine in corso contro noi contadini di Rondônia. Abbiamo chiarito ancora una volta che non ce ne andremo da qui, queste terre sono del popolo e lotteremo per esse. Vogliamo la terra per lavorare e vivere con dignità, non con repressione e massacri.

Terra per chi ci vive e ci lavora!

Conquistare la terra, distruggere il latifondo!

Viva la Rivoluzione Agraria!

Assemblea popolare della zona di Tiago Campin dos Santos

Assemblea popolare di Ademar Ferreira

Porto Velho, 10 ottobre 2021

https://resistenciacamponesa.com/luta-camponesa/pm-de-rondonia-e-forca-nacional-preparam-novo-massacre-intensificam-o-cerco-e-ameacam-despejar-as-areas-tiago-campin-dos-santos-e-ademar-ferreira/

BRASIL: PM de Rondônia e Força Nacional preparam novo massacre, intensificam o cerco e ameaçam despejar as áreas Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira

Nós camponeses das áreas Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira, localizadas no distrito de Nova Mutum em Porto Velho-RO, nos dirigimos a sociedade para denunciar o cerco criminoso e ilegal que a Força Nacional de Bolsonaro e Polícia Militar de Marcos Rocha estão preparando para os próximos dias contra as mais de 600 famílias que possuem seus lotes nestas terras.

Na última semana se intensificaram os preparativos do governo de Rondônia, junto com efetivos da Força Nacional e Polícia Federal, oriundos do Ministério da Justiça e de Segurança Pública do Bolsonaro e seu governo de generais, para tentar realizar novo despejo contra nós, famílias que lutaram e conquistaram seus pedaços de terra para trabalhar e viver com dignidade.

Nestas terras griladas da União pelos latifundiários Antônio Martins dos Santos(Galo Velho) e da família Leite, onde nada havia antes, hoje há produção de alimentos como mandioca, banana, feijão, milho, abóbora, etc, além de centenas de moradias. Aqui estão homens, mulheres, idosos e mais de 400 crianças e adolescentes que tentam, juntos com suas famílias, construir uma nova vida, fugindo da crise, do aumento do custo de vida e do desemprego nas cidades para produzirem seus próprios alimentos e garantirem seus sustentos.

Tudo indica que essas polícias, atuado como pistoleiros dos latifundiários de Rondônia, agirão da mesma forma que há exatamente um ano, quando a polícia militar de Marcos Rocha, comandada pelo Cel. Alexandre Almeida, ao arrepio da lei, perpetraram todo tipo de ilegalidade e abusos contra nós do acampamento Tiago Campin dos Santos (antiga fazenda Norbrasil e Arco-íris), praticando todo tipo de crimes contra os camponeses, como torturas e prisões, além do cerco e proibição da entrada de alimentos e leite no acampamento. Após nos despejar apareceram com um mandado judicial para tentar justificar suas arbitrariedades que duraram mais de cinco dias.

De forma semelhante iniciam operativos para praticarem mais uma covardia contra os trabalhadores que aqui estão, como a chacina acontecida no dia 13 de agosto de 2021, na área Ademar Ferreira (antiga fazenda Santa Carmem e Boi Sossego) quando o coronel Alexandre Almeida comandou a operação executada por seu grupo de assassinos do BOPE, para executar sumariamente e covardemente os camponeses Amarildo, Amaral e Kevin, todos mortos com tiros de fuzil pelas costas e desarmados, sendo que os dois primeiros, pai e filho, estavam trabalhando na roçada de seus lotes e o último com disparos pelas costas enquanto pilotava sua moto. Claro, após o ocorrido plantaram armas para tentar simular um “confronto”. Atiraram em dezenas de outros camponeses que, por sorte, não foram assassinados também. Nos dias seguintes continuaram nos perseguindo, atirando contra nós, queimando barracos e jogando óleo diesel nos poços d’água em ação levada a cabo pelos pistoleiros da fazenda e pelas polícias que cercam a área.

É mais um episódio covarde como esse que o Estado brasileiro quer praticar contra as famílias que aqui estão. Em outubro se intensificaram os abusos da Força Nacional e PM, aumentando os casos de ameaças, espancamento e torturas de camponeses que circulam nas estradas da região. Andam juntos com grupos de paramilitares que atuam como pistoleiros das fazendas Norbrasil e Santa Carmem, ficando permanentemente nas sedes destes latifundiários e agindo como guaxebas durante o dia e noite. Tudo para defender os interesses dos latifundiários ladrões de terra da União.

Conclamamos todos os verdadeiros democratas, intelectuais, comerciantes e trabalhadores em geral para que defendam os direitos do povo brasileiro, para que denunciem mais este crime em marcha contra nós camponeses de Rondônia. Deixamos claro, mais uma vez, que não sairemos daqui, essas terras são do povo e lutaremos por elas. Queremos terra para trabalhar e viver com dignidade, não repressão e chacinas.

Terra para quem nela vive e trabalha!

Conquistar a terra, destruir o latifúndio!

Viva a Revolução Agrária!

Assembleia Popular da área Tiago Campin dos Santos

Assembleia Popular da área Ademar Ferreira

Porto Velho, 10 de Outubro de 2021