venerdì 28 agosto 2015

pc 28 agosto - Brasile - contro la repressione assassina di giovani a San Paolo Brasile


Reproduzimos do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos, disponível em:
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Novamente todo o país assiste indignado mais uma chacina. Dessa vez, primeiramente seis, uma semana depois mais dezenove assassinatos, principalmente de jovens, moradores da periferia de São Paulo, em Osasco e Barueri.
É o que ocorre não só na grande São Paulo, mas milhares de vezes em todos os estados. Policiais civis e militares, como sempre fica evidente, assassinaram recentemente 15 no Cabula na Bahia, 29 em Manaus, como mataram em Vigário Geral, Acari, Candelária, Baixada no Rio, em maio de 2006 em São Paulo, entre muitas outras matanças. O modo de operar dos assassinos que agem em nome da “segurança pública” e o acobertamento e impunidade garantidos pelo judiciário são iguais em todos os lugares.
Não existem leis para o Estado e seus agentes.
O mesmo desprezo pela vida da população se repete. Assim como arrastaram Cláudia
Ferreira presa a um camburão pelas ruas depois de a matarem, nas repetidas vezes que invadem as comunidades, assassinam indiscriminadamente jovens e crianças de 10, 13 anos, como no Complexo do Alemão, na Maré, etc. Ocupam, humilham e maltratam, forjam flagrantes e provas contra os filhos do povo, torturam e assassinam. Quando estão fora de serviço seguem agindo da mesma forma nas milícias e nos grupos de extermínio. Tem autorização explícita e estímulo para matar. Isso é o verdadeiro terrorismo de Estado em ação. Essa não é uma realidade “localizada”, não são assassinos que agem isoladamente. É uma política de um tipo de Estado onde se instala o verdadeiro crime organizado, que age de forma ora aberta, ora encoberta. Matam uniformizados e depois do expediente, matam mascarados.

Quando essas chacinas acontecem, imediatamente todos os representantes do Estado entram em cena para diluir e fazer declarações sobre a “violência da sociedade”. Secretários, ministros e governadores fazem afirmações peremptórias de que haverá “rigorosa apuração”, ao mesmo tempo o secretário de segurança de São Paulo declara que “não vê ligações entre as mortes” em dias diferentes!
Nenhuma medida é tomada para impedir que as máquinas de matar sigam agindo. Todas as organizações policiais são, na verdade, treinadas exatamente para impor essa ordem de terror e morte. A ordem do fascismo. Assim milhares de pessoas são assassinadas no Brasil a cada ano de forma violenta, sendo a maioria dos casos “não esclarecida”, exatamente porque quem investiga é quem mata. Como sempre a “solução” será apresentar alguns culpados, como se tivessem agido por iniciativa própria. Fato concreto é que foi a polícia do Estado que matou. E quanto a isso nenhuma providencia é tomada, e a vítima é sempre o povo. Inclusive nesses dias em Osasco, o “toque de recolher” é imposto pela famigerada ROTA, a da chacina do Carandirú, que assim como o BOPE no Rio, tem um vasto histórico de crimes e assassinatos da população pobre.
O monopólio de imprensa, financiado pelos que governam , cumpre o seu papel.
Descaradamente difundem informações que mais confundem do que esclarecem. Reproduzem mentiras entre meias verdades, repetem outras centenas de vezes que os assassinos, perguntavam antes de matar, por quem tinha “passagem” na polícia. Todo um trabalho para induzir a opinião pública a pensar mais na qualificação das vítimas, ou porque estavam lá naquela hora? Não a identificação do Estado e seus agentes como instrumentos da matança. Para conter a revolta e criar dúvidas sobre quem pratica sistematicamente a violência. Repetem à exaustão, através de seus “noticiários” e de seus “analistas”, a surrada tese da “violência da sociedade” num claro movimento para desviar as atenções. Assim age a imprensa anti-povo, comprometida com os monopólios, sustentada com milhões pelos grupos de poder. Potencializa a gritaria em torno da corrupção, da qual é parte integrante, exatamente para manter fora do foco toda a natureza de classe, a natureza criminosa desse Estado, que é o primeiro a rasgar e passar por cima das leis que diz defender.
Essa realidade que ocorre nas periferias dos grandes centros urbanos acontece repetidamente no campo, onde lideranças e ativistas camponeses e indígenas são barbaramente assassinadas. Como em Sta Elina, Eldorado dos Carajás, e muitos outros. Portanto não é por acaso que diante do crescimento da revolta do povo se apressem a tentar dar forma jurídica e legal ao fascismo, criando leis para impedir e atacar as mobilizações e a luta do povo, como a lei anti-terrorismo, que será aplicada exatamente para criminalizar e punir quem denuncia o terrorismo do Estado.
Convocamos a todos os lutadores, defensores dos direitos do povo, a todos os democratas, a divulgarem e compartilharem mais essa denuncia, a se mobilizarem contra mais esse crime do Estado brasileiro contra o seu próprio povo!

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