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Carlos Fávaro, ministro da Agricultura do governo Lula/Alckmin, comparou as ocupações de terras por camponeses pobres com a bolsonarada do dia 8 de janeiro. O ministro também defendeu armar os
latifundiários para fazer a “primeira defesa” contra as ocupações. As declarações foram dadas em entrevista ao monopólio de imprensa Jovem Pan News no dia 31 de março.Na entrevista, o ministro afirmou: “A invasão de terra é abominável como foi a invasão ao Congresso Nacional no dia 8 de janeiro. Não podemos compactuar. Terra invadida não é passível de reforma agrária. A Justiça manda fazer a reintegração e o Estado cumpre. Não adianta o MST invadir terra produtiva”, comparando de modo inaceitável as ocupações realizadas por milhares de camponeses pobres desde o início de 2023 com a reacionária bolsonarada de 08/01, financiada pelo latifúndio e pelo Alto Comandas das Forças Armadas (ACFA) reacionárias.
O ministro ainda defendeu que “o Estado tem o dever de prover isso para pessoas que sonham com um pedaço de terra”, salientando que tudo deve ser “dentro da lei”. Sem, contudo, apresentar qualquer forma de garantir a entrega de terras às massas camponeses que se agitam por todo país ocupando terras do latifúndio.
Na sequência, o ministro afirma que “o cidadão que mora no interior tem necessidade de ter uma ou duas armas e um pouco de munição para fazer a primeira defesa”. Em clara ameaça ao moviment camponês e afago ao latifúndio, conclui: “Imagina se [o camponês] tiver a certeza de que o homeom do campo não tem uma arma. Vai barbarizar a propriedade dele”.
Lula já havia defendido armar os latifundiários
Em setembro de 2022, em entrevista ao Canal Rural (que tem como presidente os antigos diretores da JBS), o então candidato à presidência Luiz Inácio da Silva afirmou que “ninguém vai impedir que o dono de fazenda tenha uma ou duas armas”.
Declarações se dão em meio a agravamento da guerra contra camponeses em luta
As declaração de Lula e seus ministros, em que criminalizam os camponeses em luta pela terra e defendem que latifundiários continuem a ter acesso a armas, se dá em um contexto de ofensiva do latifúndio sobre os camponeses pobres.
Com as grandes mobilizações camponesas que aconteceram nos primeiros meses de 2023, as declarações pró-latifúndio (em um esforço de convencer o latifúndio de que o governo vai garantir seus interesses e esmagar o movimento camponês em luta) passaram a ser mais frequentes e mais ameaçadoras, abrindo caminho para novas perseguições e assassinatos por parte dos latifundiários.
Os principais acontecimentos desse novo período são as jornadas de tomadas de terra em todo o País, particularmente em Rondônia (tomada pela Liga dos Camponeses Pobres da sede da fazenda Nobrasil, que foi respondida pelo latifúndio desesperado com o assassinato de dois camponeses), na Bahia (tomada de terras da Suzano LTDA) e na região do Pontal do Paranapanema, em São Paulo, que resultou na prisão de lideranças da Frente Nacional de Lutas – Campo e Cidade (FNL). É para deter este movimento ascendente de lutas camponesas que se assanha o governo e seus ministros.
Sobre a relação do novo governo com os camponeses e latifundiários, o que está se comprovando é a fala do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, quando do caso das tomadas de terra da Suzano afirmou, em reunião entre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Suzano e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no dia 09/03, em clara ameaça às famílias camponesas em luta: “o respeito ao direito à propriedade [dos latifundiários] se
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